Em tempos de Zika
vírus e sua relação com o aumento dos casos de microcefalia as mulheres são
orientadas a evitarem engravidar. Isso me faz pensar o quão frustrante é para
aquelas que planejaram sua gravidez neste momento. E para aquelas que não
planejaram e engravidaram deve ser uma tortura conviver com o medo de ser
picada pelo tal Aedes aegypti O
que deveria ser um momento de prazer e curtição passa ser um período de angústia,
medo, tensão.
Quem me conhece ou leu meus textos antigos conhece minha
história dolorosa de perda gestacional. Nunca soube o motivo da perda e hoje confesso
que se ainda estivesse tentando engravidar, esse problema relacionado ao Zika vírus seria motivo para desistir ou
pelo menos adiar a gravidez. No que se refere aos direitos reprodutivos, vale
ressaltar que as mulheres têm todo o direito de decisão.
Para as mulheres que já tiveram seus bebês com microcefalia
me solidarizo e desejo forças, mais do que já demonstraram ter. Um exemplo
disso é a União das Mães de Anjo (UMA), composto por mulheres guerreiras,
algumas tiveram que deixar o trabalho para cuidar melhor dos seus bebês, outras
precisaram se afastar dos outros filhos para se dedicar melhor ao bebê
microcefálico, há casos também de mulheres que foram abandonadas covardemente
pelos maridos. Mesmo com tantos
obstáculos elas estão juntas, unido forças para buscar o melhor para seus
filhos e filhas. São MÃES e com toda essa prova de amor materno elas têm toda
minha admiração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário