Como em anos anteriores, o texto dedicado ao Dia Internacional da Mulher é dele - Adauto Júnior!
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Macho, como anda a produção do seu machismo? Tenho visto por aí que está muito na moda colocar “batom” na violência para ela ficar mais bonitinha; passar “pó” para esconder as imperfeições do preconceito; o “blush” finaliza oferecendo aquela corzinha na cara pálida diante da conquista de uma mulher; o “lápis” disfarça o olhar que a enxerga apenas como objeto. Tudo muda quando o macho passa “demaquilante” para tirar a maquiagem, toda a produção cai pelo ralo e o machismo fica à vontade. Não que ele fique bonito maquiado, mas é que vendo assim, cru, fica horrível.
Os absurdos já conhecemos, são ultrapassados, fora de moda e nem vale a pena perder tempo mostrando todos aqui. E o pior é quando a própria mulher é machista, porque ela sabe se maquiar melhor do que o macho. É quase um “cavalo de Tróia”, só que cheio de maldade contra seu próprio ser. Tem lógica isso? Sabe o que dá menos trabalho? Não se maquiar. Admita o que você é, de cara limpa é terrível, mas honesto. Sem maquiagem, desconstrua este macho tóxico; tenha outra atitude para esta fêmea tóxica. Não precisa ser de vez, experimente ficar um tempo sem “batom”; depois esqueça o “pó”; perceba que sem “blush” fica mais leve; descubra que o “lápis” não tem nexo.
Infelizmente um “maquiado” talvez tenha julgado minha foto, talvez uma “maquiada” tenha visto esta imagem e dito: para defender a mulher precisava fazer isso? Preciso. Eu sou um homem que está deixando o machismo cada vez mais fora de moda. E tenho orgulho de mostrar a cara limpa, desintoxicada e que pode servir de exemplo para a sua próxima atitude diante de uma mulher.
Aprenda a observar um contexto como este e interpretar da forma correta, sem estereótipos. Isso não é “anti-hétero”, é só metafórico; não é ser afeminado, é feminismo.
