Hoje o texto será para uma pessoa que há anos faz parte da minha programação neuro-lingüística. (este texto começou a ser escrito antes da reforma ortográfica; por isso achei mais bonitinho manter o trema).
Sou
filha de uma sociedade sexista; adotada por um grupo feminista; que
idealiza uma comunidade igualitária; casada com um fruto de uma
sociedade machista e resistente às mudanças. Nossas diferenças são
inúmeras, porém algo muito forte nos faz iguais. Iguais quando
planejamos juntos, iguais quando contamos um com o outro, iguais até
quando brigamos porque nenhum quer ceder.
Como
diz uma música “nossa liberdade é o que nos prende”. Liberdade para
viajar só, liberdade para ter amigos/as, liberdade para se isolar,
liberdade entre quatro paredes, liberdade para dizer vai e para dizer
vem.
Foi
necessário ensinar, aprender, adaptar, crescer. Numa troca constante
nada melhor do que “um queijo por um beijo, um beijo por um queijo”. Na
prática isso quer dizer: “deixa a toalha molhada do lado em que você
dorme e eu não brigo” ou “faz as compras e eu guardo”. Entre alegrias e
tristezas, lágrimas e risos é preciso pôr em prática o lema de respeitar
e entender que nossa luta conjugal é por igualdade.
Sabendo que sou uma bomba Ele faz questão de ser o estopim.
Bomba e Estopim |
Eu respondo: Ser complicada faz parte do meu show. Ser perfeitinha é um esforço que faço apenas para agradar pessoas especiais... Assim como você!